Algumas coisas que aprendi na primeira meia maratona nos EUA

Ensinamentos que vou aplicar na vida e inclusive nos negócios.

Foto do número da competição

Participei da minha primeira meia maratona (21km) em Celebration, perto da Disney em Orlando. Sempre gostei de corrida, mas confesso que não tive a disciplina de treinos e alimentação que gostaria. Mesmo assim, queria ter essa experiência e, logicamente, a medalha.

Por ser minha primeira participação nesse tipo de evento, com certeza vou continuar (inclusive RunDisney em 2024). Assim, procurei reunir alguns ensinamentos que devo levar para a vida (e para os negócios).

Procure um grupo com mesmos objetivos

As pessoas estão ali pelo estilo de vida saudável, pela dedicação ao esporte e pela própria superação. Confesso que me surpreendi com as mais variadas idades (idosos, inclusive). A energia contagiante da largada, logo às 7h da manhã, vinha com mensagens de motivação, música eletrônica bombando e muita pessoas (perto de duas mil, talvez).

Sem dúvida, seria muito diferente fazer a “meia maratona virtual” (sim, existe), pois nada se iguala ao espírito esportivo presente nas pessoas que ali estavam. Esse conjunto me faz querer ir além e buscar novos desafios em novas corridas. Procurar pessoas que querem traçar o mesmo caminho deve nos levar mais longe.

Curta o caminho

Foto dos corredores ao redor do lago

A corrida longa exige foco, sabemos onde está a linha de chegada, mas não sabemos o que vamos encontrar no meio do caminho. Não sabia se conseguiria chegar no final, na primeira vez que participo desse tipo de prova. Quando dava cada passo de forma a ver o quão longe eu estava do meu destino final, batia uma certo desgaste mental.

Quando chegávamos em uma vista fantástica onde vemos as pessoas curtindo estarem ali (como a foto por volta do km 14), dava para sentir que aquilo tinha o propósito de curtir o caminho. Chegar no final era uma consequência.

O caminho parecerá mais longo e mais difícil se não curtir cada parte dele.

Resolva problemas no trajeto

Quando completei 12 km correndo, meus joelhos não aguentaram mais. Neste ponto, a falta de preparo apareceu e tive que diminuir o ritmo. Entendi que dali pra frente não conseguiria mais correr e deveria andar para poder chegar até o final. Não faltava fôlego, mas o joelho não conseguia mais absorver o impacto da corrida. Acredito que um ritmo mais suave, procurando diminuir o impacto no joelho, poderia ter ajudado.

Mapa da Meia Maratona de Celebration

Quando você vê pessoas visivelmente bem mais velhas que você andando rápido e até inclinadas para o lado de tão cansadas, você entende que é possível chegar mais longe. É realmente admirável cada passo e pensar que as condições não são iguais para todos mas o preparo e histórico diferencia cada indivíduo. Lembro de ver um senhor, aparentemente com bem mais de 70 anos, um pouco fora de forma e sua camiseta dizendo que havia corrido maratonas nos 50 estados americanos.

O fato é que estamos aqui para resolver problemas no trajeto, se as coisas não saíram como o planejado, devemos nos adaptar e seguir no ritmo que permita chegar até o final.

O valor da medalha

Depois do esforço, receber uma medalha teve um gosto especial. Não tem preço o orgulho de pensar que eu completei uma meia maratona, só a palavra “maratona” já carrega um peso (mesmo que seja pela metade). Não fiz o melhor tempo do mundo (3h 12min 56s), mas para uma primeira prova está ótimo (a primeira metade fiz em 1h, depois 2h só andando).

Foto de mim segurando a medalha